10 Aug
10Aug

Disciplina: Português

Conteúdo: Figuras de linguagem

Aluno: Vitória Grandini da Silva


Figuras de linguagem


As figuras de linguagem são recursos de nosso idioma para tornar as mensagens que emitimos mais expressivas e significativas. Tais recursos podem ampliar o significado de uma oração. Exploram as diversas dimensões da linguagem verbal (sentido das palavras, construções das frases, aspectos sonoros) a fim de produzir efeitos estéticos. São utilizadas pelo enunciador para elaborar os seus textos de forma particular, incomum, a fim de expor suas ideias com mais intensidade e deixar o seu conteúdo mais atraente.

As figuras de linguagem são divididas em grupos:

  • FIGURAS DE PALAVRAS
  • FIGURAS DE PENSAMENTO
  • FIGURAS DE SINTAXE OU DE CONSTRUÇÃO
  • FIGURAS SONORAS OU FÔNICAS


  • FIGURAS DE PALAVRAS

METÁFORA: ocorre quando se faz qualquer comparação sem utilizar expressões que indiquem que uma comparação está sendo feita (“como”, “tanto quanto”, “parece”, entre outras)

Você tem uma pedra dentro do peito.

No exemplo, a metáfora serve para dizer que a insensibilidade de alguém é como um coração tão duro quanto uma pedra.

Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto inefável de paixão! ”


COMPARAÇÃO ou SÍMILE: diferente da metáfora, a comparação ou símile é caracterizado pela utilização de um elemento comparativo.

O amor é como o motor de um carro, se não trocar o óleo e não cuidar da mecânica uma hora ele não funciona mais.

No exemplo o amor foi comparado com um motor de carro e nesse caso temos o elemento comparativo “como”.


METONÍMIA: é o emprego de uma palavra no lugar de outra, por haver uma relação de sentido entre elas.

Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)

Nessa frase, o nome do autor está sendo usado no lugar de suas obras.


CATACRESE: representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica.

Asa da xícara e dente de alho

Sabemos que a xícara não tem asa e que o alho não tem dente, mas foram utilizadas essas palavras por não existirem outras melhores.


O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter outra mais específica.


ANTONOMÁSIA: é uma figura de linguagem que consiste na substituição do nome de uma pessoa por uma característica que ela possui.

A Cidade Maravilhosa continua atraindo visitantes do mundo todo.

Cidade Maravilhosa substitui Rio de Janeiro.




FIGURAS DE PENSAMENTO

SINESTESIA: acontece pela associação de sensações por órgãos de sentidos diferentes.

Ver algo tão belo, tão cheiroso e tão gostoso é realmente uma sensação muito boa.

Na tirinha, a expressão "olhar frio" é um exemplo de sinestesia


PERSONIFICAÇÃO ou PROSOPOPEIA: é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos aos seres irracionais ou inanimados.

Após a erupção do vulcão, o fogo dançava por entre as casas.


GRADAÇÃO: é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente ou decrescente.

Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.

No exemplo acima, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.

Na tirinha, o personagem foi explicando de forma crescente os acontecimentos.


HIPÉRBOLE: corresponde ao exagero intencional na expressão.

Quase morri de estudar.


A expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole.


ANTÍTESE: é o uso de termos que têm sentidos opostos.

Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.

Guerra e paz são palavras com sentidos opostos.

Uso da antítese expressa pelos termos que têm sentidos opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz e guerra.


EUFEMISMO: é utilizado para suavizar o discurso.

Entregou a alma a Deus.

Acima, a frase informa a morte de alguém.

Na citação “seu carro ganhou um formato único, diferente e personalizado” tem a intenção de suavizar a ideia de que ela bateu com o carro.


PARADOXO: representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).

Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom.

Como é possível alguém estar cego e ver?


IRONIA: é a representação do contrário daquilo que se afirma.

É tão inteligente que não acerta nada.


FIGURAS DE SINTAXE OU DE CONSTRUÇÃO

ANÁFORA: é a repetição de uma ou mais palavras.

Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para você.

Uso da anáfora pela repetição do termo "falta"


POLISSÍNDETO: é o uso repetitivo de elementos conectivos.

As crianças falavam e cantavam e riam felizes.


SILEPSE: ocorre quando a concordância é feita com a ideia que as palavras expressam, (por meio da lógica) e não de acordo com as regras gramaticais. Pode ocorrer silepse de número, de gênero e de pessoa.

Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (Silepse de gênero: Vivemos na bonita e agitada cidade de São Paulo.)

A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. (Silepse de número: A maioria dos clientes ficou insatisfeita com o produto.)

Todos terminamos os exercícios. (Silepse de pessoa: neste caso concordância com nós, em vez de eles: Todos terminaram os exercícios.)

Uso da silepse de pessoa em "mais da metade da população mundial somos crianças" e "as crianças, vamos ter o mundo nas mãos"


PLEONASMO: ocorre quando a mesma ideia é repetida excessivamente com palavras diferentes na mesma sentença. Quando é feito de modo intencional, é visto como figura de linguagem, quando sem intenção, trata-se de um vício de linguagem (“subir para cima”, “entrar para dentro” e similares).


Na tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma vez que o verbo "sair" já significa "para fora


ANACOLUTO: é uma irregularidade na estrutura da frase.

Eu, parece que estou ficando zonzo. (Parece que eu estou ficando zonzo.)


ELIPSE: é a omissão de um termo na sentença sem haver prejuízo de sentido. Isso porque o termo omitido fica subentendido pelo contexto.

Começamos o namoro há um mês.

Na frase, houve a omissão do sujeito “Nós”, que está subentendido pela conjugação do verbo “começar”.

No segundo quadrinho, notamos o uso da elipse: "depois (ele começou) a comer sanduíches entre as refeições..."


ZEUGMA: é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já ter sido usada antes.

Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdução, ele fez a conclusão.)

No exemplo acima, a palavra fez foi omitida por já ter sido utilizada antes no início da frase.

A zeugma é utilizada no segundo e no terceiro quadrinho: “ (você é) um descongestionante nasal para o meu nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!"


ASSÍNDETO: trata-se da omissão de conjunções (“e”, “mas”, “porque”, “logo” etc.)

Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios.


FIGURAS SONORAS OU FÔNICAS

ASSONÂNCIA: é a repetição de fonemas vocálicos propositalmente em um texto como recurso estilístico. A assonância pode ser encontrada, principalmente, em textos literários, como em poemas e na prosa poética, e em músicas.

A ponte aponta e não desaponta.


PARANOMÁSIA: é a repetição de palavras com significados diferentes, mas que se escrevem e se pronunciam de forma parecida.

O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a donzela. (Cavaleiro = homem que anda a cavalo, cavalheiro = homem gentil.)


ALITERAÇÃO: é a repetição de fonemas consonantais.

Quem com ferro fere com ferro será ferido.

O rato roeu a roupa do rei de Roma.

O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.


ONOMATOPEIA: palavras que imitam sons.

Não aguento o tique – taque desse relógio.


FIGURAS DE LINGUAGEM EM MÚSICAS


Música: Fugidinha (Michel Teló)

Figura: Eufemismo


“O jeito é dar uma fugidinha com você, o jeito é dar uma fugida com você. Se você quer saber o que vai acontecer, primeiro a gente foge, depois a gente vê...”.


Nesta música, a palavra fugidinha tem o objetivo de suavizar a traição, deixando o fato descontraído.


Música: Epitáfio (Titãs)

Figura: Antítese


“Queria ter aceitado a vida como ela é. A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier”.


As palavras alegrias e tristeza tem a função de representar as dificuldades e as vitórias cotidianas de cada ser humano.


Música: Eu sem você (Paula Fernandes)

Figura: Comparação metafórica


“Tô feito mato desejando a chuva, madrugada fria esperando o sol, tô tão carente feito um prisioneiro...”.


As comparações nesse trecho da música são para expressar como alguém que está longe da pessoa amada pode se sentir só e esperançoso ao mesmo tempo.


Música: Meu eu em você (Victor e Léo)

Figura: Metáfora


“Sou teu ego, tua alma, sou teu céu, o teu inferno, a tua calma...”.


As metáforas dessa música de Victor e Léo enfatizam como é o amor visto pelos olhos da pessoa amada.


Música: Exagerado (Cazuza)

Figura: Assíndeto


“Por você eu largo tudo, vou mendigar, roubar, matar. Até nas coisas mais banais, pra mim é tudo ou nunca mais”.


Aqui o compositor quer mostrar como uma pessoa apaixonada faz de tudo para agradar o outro, floreado aqui pelos extremos mendigar, roubar, matar.


Música: Se (Djavan)

Figura: Ironia


“Mais fácil aprender japonês em braile, do que você decidir se dá ou não”.


Música: Love of mine (5 seconds of summer)

Figura: Metáfora


“I watched the world fall from your eyes”

Eu vi o mundo desabar de seus olhos.


Essa música fala de uma relação que não estava indo muito bem e podemos perceber que o homem está prestes a perder sua amada, mas ele não quer deixar que o que existe entre eles acabe. Só que apesar de todas as mentiras dela é percebível que ele não se arrepende de ter amá-la e quando ele cita que viu o mundo desabar de seus olhos foi algo que ele “presenciou” enquanto estava nessa relação.



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