Disciplina: Português
Conteúdo: Funções da linguagem
Aluno; Mariana Gomides Tavares e Pedro Barrozo Gravino Passos
Funções da linguagem
As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante.
Estamos imersos em meio a um cotidiano estritamente social, no qual nos interagimos com nossos semelhantes por meio da linguagem. Ela permite-nos revelar nossos sentimentos, expressar nossas opiniões, trocar informações no intuito de ampliar nossa visão de mundo, dentre outros benefícios.
A cada mensagem que enviamos ou recebemos, seja ela de natureza verbal ou não verbal, estamos compartilhando com um discurso que se pauta por finalidades distintas, ou seja, entreter, informar, persuadir, emocionar, instruir, aconselhar, entre outros propósitos.
As funções da linguagem são: função referencial, função emotiva, função poética, função fática, função conativa e função metalinguística.
Função referencial: Também chamada de função informativa e denotativa, a função referencial tem como objetivo principal informar, referenciar algo.
Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.
Ocorre quando o objetivo do emissor é traduzir a realidade visando à informação.
Exemplo:
Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994.
Função emotiva: Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da própria opinião. Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.
Exemplo: Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?
Função poética: A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido conotativo das palavras.
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem.
Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
Exemplo: Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.
Função fática: A função fática tem como maior objetivo buscar manter o contato e interação entre o leitor e o emissor através de estratégias.
Essa função enfatiza sempre o canal ou veiculo de comunicação a partir do uso de expressões, cumprimentos e despedidas. Por exemplo, quando ao explicar algo completam em seguida com “Entendeu?”, ou quando se despedem com um “até mais”. Também é fácil encontrar vocativos sendo usados nesses casos pelo emissor que buscar sempre prender a atenção do interlocutor ao que está sendo mostrado. A função também está muito presente na oralidade em diversas situações, seja em uma explicação do professor ou uma conversa despretensiosa.
Exemplo: "Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras coisas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel: o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia-me isso e queira-me bem: perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano e ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus, peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais."
Função conativa: A função conativa, ou apelativa, busca no geral persuadir e cativar o leitor com o objetivo geralmente de convence-lo.
Um exemplo onde essa função sempre é usada é em publicidades. A função cai bem nessa situação porque o emissor busca de toda forma persuadir o interlocutor a consumir o produto ou serviço em questão. Esses textos normalmente usam verbos no imperativo (“Vai e compre!”, “Faça!”), assim criando uma necessidade de que o leitor faça o que é dito.
Exemplo:
Função metalinguística: Essa função é usada quando a linguagem usa seu código com o objetivo de explicar o mesmo.
Isso ocorre por exemplo em um dicionário quando em um verbete ele explica o significado do próprio conceito de “dicionário”, ou quando em um texto ele se refere a si mesmo. Tudo isso ocorre no objetivo de explicar de forma direta o objetivo do código usado.
Exemplo: